segunda-feira, 30 de maio de 2011

René Descartes!

O Racionalismo Cartesiano!


O Racionalismo cartesiano é uma doutrina que atribui à Razão humana a capacidade exclusiva de conhecer e de estabelecer a Verdade. Opõe-se ao empirismo, colocando a Razão independente da experiência sensível, ou seja, rejeita toda intervenção de sentimentos, somente a Razão.


Todo homem, segundo Descartes, possuía razão, a capacidade de julgar e de discernir o verdadeiro do falso. O homem deve seguir um método para conduzir bem a sua razão e procurar a verdade nas ciências, afirma que devemos rejeitar como falso tudo aquilo do qual não podemos duvidar, somente devemos aceitar as coisas indubitáveis.
Segundo Descartes : “Todo o método consiste na ordem e na disposição das coisas para as quais devemos voltar o olhar do espírito, para descobrir alguma verdade”. O eu, seria uma substância que pensa, duvida, concebe, afirma, nega, que quer, e que não quer, que imagina e que sente.
O conceito dominante do racionalismo em Descartes é o conceito de SUBSTÂNCIA. Mas por que o conceito de substância advindo de Aristóteles colocou-se como o centro do programa racionalista do séc. XVI? Ora, assim como Aristóteles distingue em sua lógica o Sujeito do Predicado, o mesmo ele efetua em sua metafísica diferenciando Substância de Atributo.
Diz Descartes: "Pois, com efeito, aquelas que me representam SUBSTÂNCIAS são, sem dúvida, algo mais e contém em si (por assim falar) mais realidade objetiva, isto é, participam, por representação, num maior número de graus de ser ou de perfeição do que aquelas que representam apenas modos ou acidentes" (Meditações, 103) [...].
René Descartes (1595 - 1650).
Obras:  
O Discurso do Método;
Meditações Metafísicas;
As Paixões da Alma;
Regras para a direção do Espírito.




quinta-feira, 26 de maio de 2011

O fantástico Universo!

Fantástico!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Doutrina da Mediedade em Aristóteles.

A doutrina da mediedade é o ponto fundamental na compreensão da teoria da virtude e, por conseguinte, de toda ética aristotélica. A “mediedade” é um conceito usado por Aristóteles que se refere à noção de “meio-termo” ou “justo-meio”, que segundo o autor deve ser a base para as escolhas corretas.
Na Ética a Nicômaco II 4-9 Aristóteles busca determinar precisamente o que é a virtude, para a partir de então construir uma doutrina capaz de especificar o modo de levar ao seu alcance. É nestas passagens que ele lança mão de sua doutrina da mediedade, através da qual podemos precisar o meio termo, que é propriamente a virtude (moral) que se deve alcançar.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Metáfora da Carroça vazia!

Como reconhecer uma Carroça Vazia.

Aristóteles (384 a.C), tinha razão. A Experiência é Sinônimo de sabedoria!


Àqueles que falam demais por acreditarem na falsa ilusão de que sabem demais...!!!

Infelismente estamos cercados de "carroças vazias",  que se desfarçam por trás de suas Personas atraentes. Contudo, apenas alguns minutos de conversa são suficientes para reconhecer quando estamos diante de uma!


Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou: Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa? Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi: - Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai, e uma carroça vazia.
Perguntei ao meu pai: - Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos? Ora, respondeu meu pai.
É muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho.
Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, tentando chamar atenção de todos para si, tratando o próximo com grossura inoportuna; interrompendo a conversa alheia e, querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta. Cheio de soberba e arrogância, olhando o outro com despezo e inferioridade..Com pouco conteúdo e falta de bom senso em excesso...
Tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!!!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Arte da Política - Aristóteles!

“É lícito afirmar que são prósperos os povos cuja legislação se deve aos Filósofos.”

Pois promover o bem humano é a finalidade das Ciências Políticas e: "é uma obrigação de todo legislador, conhecer a natureza da Alma humana." Segundo a ética aristotélica O Bem é a finalidade de todas as coisas, de todas as ações humanas. Todas as coisas tendem a um fim que é chamado de Bem, ou Bem Supremo - Felicidade. Portanto sem dúvida ao legislador cabe à responsabilidade pela promoção do bem comum, pois deve governar visando sempre o bem estar da comunidade.

Ética Nicomaquéia: "o homem político deve evidentemente conhecer o que concerne alma, assim como o médico deve empenhar-se no estudo do corpo."

Pois a Filosofia leva ao desvelamento da natureza da Alma humana e aqueles que à ela se dedicam compreendem sobremaneira as subjetividades do homem.

Prudência em Aristóteles.

A Prudência à luz do conceito de Aristóteles!

O vocábulo prudência vem do latim prudentia, o qual vem de providere, que pode significar prever e prover. É uma qualidade que permite detectar os perigos e evitar os erros.

Os gregos usavam a palavra phronésis para a designar. Aristóteles considerava que se tratava de uma virtude intelectual, na medida em que tem que ver com a verdade, com o conhecimento e a razão.

Para o estagirita, a prudência é a virtude que permite deliberar correctamente acerca do que é bom para a pessoa e agir de acordo com isso. Não cabe à prudência a eleição das finalidades, mas apenas a escolha dos meios adequados para atingir as finalidades. É a virtude da boa deliberação. Enquanto a virtude moral assegura a retidão do fim que perseguimos, a prudência trata dos meios para alcançar esse fim.
A prudência não reina, mas governa e, nessa medida, é imprescindível à boa deliberação, à boa decisão e à boa ação. A prudência é uma espécie de disposição que permite escolher e realizar os actos cuja realização depende de nós.  Aristóteles distingue a prudência de outras virtudes do pensamento, visto ser entendida como a virtude da boa deliberação, Aristóteles nega que a prudência e a sabedoria sejam uma e a mesma coisa. A sabedoria tem por objecto aquilo que existe por demonstração e que é sempre da mesma maneira. A prudência refere-se às coisas úteis, as quais não têm a propriedade de serem imutáveis. Uma coisa útil hoje pode tornar-se inútil amanhã. Ora, a prudência permite determinar a utilidade das coisas, tendo em consideração as circunstâncias particulares e o momento. Embora se possa dizer que uma pessoa prudente é hábil a prudência não é uma habilidade. Posto que nem todos os homens hábeis são prudentes, pois são conhecidos muitos homens vis que também são hábeis na maldade.

A prudência é um saber-fazer. Pressupõe estar atento, circunspecção e cautela. É a virtude da paciência e da antecipação. Determina o que devemos escolher e o que devemos evitar. Não pode, contudo, confundir-se com receio e, muito menos, com cobardia. Os franceses utilizam a palavra sagesse para a designar, mostrando bem que a boa deliberação anda sempre associada à inteligência. Santo Agostinho dizia que a prudência é um amor que escolhe com sagacidade.

Como a boa deliberação exige o uso da razão, parece não haver dúvidas que pertence ao pensamento. Mas não pode ser qualquer tipo de pensamento. Uma vez que a boa deliberação é a deliberação correcta, importa saber o que é uma deliberação correcta. Para Aristóteles (3), " a boa deliberação é correção que reflecte o que é benéfico, sobre a coisa certa, de forma correcta e no tempo certo". A boa deliberação só é incondicionalmente boa se promover uma recta finalidade.

Haverá uma relação entre prudência e inteligência? Aristóteles pensa que sim: "se ter deliberado bem é próprio de uma pessoa inteligente, a boa deliberação será o tipo de correcção que expressa o que é expediente para a promoção do fim acerca do qual a inteligência é uma suposição verdadeira." 
Aristóteles afirma que a boa deliberação não é apenas a descoberta dos meios mais eficazes para a promoção dos fins. A boa deliberação visa alcançar o bem. Não é possível uma boa deliberação que vise um fim vil. O bom deliberador e a pessoa inteligente e virtuosa devem alcançar a conclusão correcta, utilizando o método adequado. A inteligência é uma virtude do pensamento que significa a boa deliberação sobre as coisas que contribuem para a nossa felicidade e que resulta numa correcta decisão sobre os fins rectos.
Aristóteles, na Magna Moralia, afirma que é a prudência "que vigia todas as faculdades e é a governanta porque é ela que dá as ordens. Talvez ela seja como o intendente numa casa. De facto, é o intendente que organiza tudo, mas ele não governa tudo. A sua tarefa é a de fornecer tempo livre ao senhor da casa, a fim de que este não seja impedido pelas tarefas necessárias e não se veja impedido de aceder a alguma das nobres tarefas que lhe convêm. É, da mesma forma, que a prudência é uma espécie de intendente para a sabedoria, fornecendo-lhe tempo livre para completar a sua obra, ao controlar as paixões" (5).
No capítulo III do livro II da Magna Moralia, o estagirita considera que a deliberação correcta diz respeito ao mesmo domínio da prudência, porque ambas tratam de escolher as ações que devemos eleger ou evitar. Por isso, está correto dizer que a prudência não reina, visto não ter a função de escolher os fins, mas governa, porque lhe cabe escolher os meios adequados para os fins rectos.
Na Magna Moralia, Aristóteles afirma que o homem injusto não possui as características do homem prudente. É típico do injusto a incapacidade para discernir bem, para avaliar a diferença entre o bem e o mal e para controlar as paixões e apetites. No homem prudente, a parte sensitiva da alma está em paz com a parte racional. No homem imprudente, a parte racional da alma deixa-se dominar pela parte sensitiva.
Prudência é portanto, a ação ponderada, discutida, examinada, enfim, deliberada. Sim, o Estagirita  desenvolveu o conceito de phronêsis legado por Platão e concebeu uma importantíssima teoria geral da ação, uma hermenêutica da existência humana enquanto agente no mundo e sobre o mundo. A phronêsis/Prudência – recta ratio agibilium – é virtude opinativa da alma: “daí que a Prudentia seja considerada a mãe (genitrix virtutum) e a guia (auriga virtutum) das virtudes” diz.  Logo a prudência é a virtude que permeia as demais, é Intelactual mais também é moral!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Reflexão!!

Aristóteles -  sobre o Bom Senso.

"O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz."